Saiba os principais cuidados que uma gestante deve
ter com a saúde bucal
"A gestante precisa saber que a sua saúde geral e bucal interfere
diretamente na do seu bebê e que os dentes de leite e alguns dentes permanentes
iniciam sua formação ainda intraútero".
O termo odontologia intrauterina não é exagero. A odontologia nessa fase
da vida da gestante trata de informar à futura mãe sobre cuidados simples,
porém valiosos em saúde geral e bucal da mulher e do bebê que ela está gerando.
A gestante precisa saber que a sua saúde geral e bucal interfere diretamente na
do seu bebê e que os dentes de leite e alguns dentes permanentes iniciam sua
formação ainda intraútero. A saúde oral da gestante influencia diretamente na
sua gestação. Problemas mais sérios nas gengivas podem concorrer para bebês
prematuros e de baixo peso ao nascer.
Existem muitos mitos e crenças com relação ao tratamento bucal da
gestante. O atendimento odontológico, quando necessário, deve ser realizado em
qualquer período da gravidez, o importante é não deixar focos infecciosos ou
sépticos e reabilitar elementos dentários comprometidos para uma gestação mais
saudável. O segundo trimestre gestacional é, sem dúvidas, o mais indicado para
o atendimento odontológico, pois é um período de maior estabilidade, tanto para
a gestante quanto para o feto. Lembramos apenas que o bebê começa a crescer
mais nesse momento e, consequentemente, a barriga toma proporções maiores e,
assim, a posição deitada para atendimento pode tornar-se incômoda e as sessões
precisam ser breves. Com a barriga crescida e pesada poderá haver compressão da
veia cava inferior, gerando desconforto se a cadeira estiver muito inclinada.
A gestante experimenta expressivas alterações fisiológicas e
psicológicas, algumas delas podendo interferir no tempo de ação e no efeito dos
medicamentos. O cirurgião-dentista que decide atender gestantes precisa ter
alguns conhecimentos e cuidados específicos, estar seguro e transmitir
confiança à paciente grávida.
A frequência cardíaca e a respiratória estarão aumentadas e, assim, há o
aumento do consumo de oxigênio, porém ocorre queda do volume respiratório de 15
a 20%, a gestante respira mais lentamente e até com alguma dificuldade às
vezes. O volume sanguíneo também é acrescido de 1.500ml, quando normalmente é
de 4.000 a 4.500ml nas mulheres não gestantes, o que pode estabelecer um quadro
de anemia fisiológica, acompanhada de taquicardia. Grandes alterações hormonais
e metabólicas acontecem, a hipoglicemia, por exemplo, pode ser frequente.
Psicologicamente a gestante está mais emotiva, mais tensa e preocupada com a
saúde do bebê, inclusive em relação ao tratamento dentário.
As alterações bucais são comuns, com o possível aumento da
vascularização sanguínea periférica dos tecidos bucais, as gengivites
(inflamação das gengivas) podem ocorrer na forma de edema e inchaço, mudança de
coloração e textura das gengivas que podem apresentar sangramento fácil ao
escovar ou mesmo mastigar e cor mais vermelha escura, lisa e brilhante,
perdendo o aspecto saudável de gengiva firme, aderida e rósea clara.
As gengivites também são explicadas pela maior negligência com a higiene
bucal, uma vez que, durante a gestação, a mulher está muito voltada para o bebê
e a escovação muitas vezes é esquecida ou feita rapidamente. Soma-se a isso o
fato de as grávidas serem informadas dos benefícios da alimentação fracionada
(de duas em duas horas), o que faz com que o pH da saliva se torne-se mais
ácido, por essa alta frequência alimentar, agredindo gengivas e causando a
desmineralização do esmalte dentário.
A saúde começa pela boca: consulte sempre um dentista
Dr.RENATO SILVA DO LAGO: (18)37222362
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